O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.
Fabrício Avelino é licenciado em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e Mestre em Educação e Sociedade pela Unipac. Autor de “Pequenos Frascos” (2005), “Um Gole de Alphorria” (2006).É membro efetivo da AMEF (Academia Mantiqueira de Estudos Filosóficos).Atua como professor no IFAL (Instituto Federal de Alagoas) e acumula experiências como consultor em mídias e publicidade, revisão, identidade institucional e treinamento. É criador da Plataforma Cultural Ponto e Vírgula que, por meio de diversos portadores de textos, ousa espalhar poesia por toda a cidade, produzir eventos culturais e lançar obras e artistas.
O poeta é um fingidor.
ResponderExcluirFinge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.